sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Glória e esplendor de Pedro Miguel Cruz, enquanto utente dos serviços mínimos da fase terminal da Cauda da Europa


Neste blogue praticam-se a Liberdade e o Direito de Expressão próprios das Sociedades Avançadas



Com dedicatória para o "Kladestino", que lançou esta maravilha, na Blogosfera




Portugal é uma fronteira europeia, extremamente permeável a tudo o que é mau, e especialista em consultorias externas, geralmente, se forem caras, inúteis e tiverem um amigo, intermediário, que irá receber umas notas, pelo meio. No fim, como é sabido, fica tudo na mesma, e o Erário Público ainda mais delapidado.

Contrariamente a esta consuetudinalidade estrutural, que já vem de Dona Urraca, Pedro Miguel Cruz, um brilhante talento do Instituto Superior Técnico, de Lisboa, e agora pelas terras onde se fala a pronúncia oficial da língua lusitana, resolveu fazer a sua própria consultoria interna, chegando às fantásticas conclusões que apresenta no seu "Eco-Sistema", muito justamente contemplado, pelo seu trabalho de investigação, com o "Prémio Pessoa 2013", da Mafia do "Expresso". Tenho a pequena impressão, mas eu sou um pouco de tiques, quanto a estas "impressões", que não recebeu um pagamento milionário, do "Polvo" que governa o Estado Português, e há décadas desbarata a Coisa Pública, ao ponto de nos ter tornado num protetorado da Goldman Sachs, tutelado por uns gajos falhados dessa instituição, chamados António Borges -- que o Demo tenha --, Carlos Moedas, e a medíocre Maria Luís Albuquerque, "Miss Swaps". Às tantas, o Pedro Miguel Cruz não recebeu nada, mas a verdade é que resolveu criar um monumento, naquela linhagem gnóstica de Pessoa,  em que "Deus quer, o homem sonha, e a obra nasce".

Até aqui, creio que estamos em concordância, por que a estrutura organigramática do seu trabalho assenta numa interatividade oscilatória entre dois pólos, o pântano político, e o pântano empresarial. Segunda a boa regra portuguesa, a coisa está consumada, esgota-se na sua leitura literal, e, na Net, onde a rapidez tem a velocidade do Rápido, já deveria ter tido consequências práticas, mas perdeu-se nos entrefolhos, como seria de esperar.

Para mim, que tenho formação científica, uma investigação deste género não se pode, nem deve, arrumar em qualquer gaveta, mas, aparentemente, já está, onde se prova que São Tomás de Aquino tinha razão, quando afirmava que, sendo a consultoria cara, ou grátis, acabaria sempre arquivada, e é bom saber que um teólogo do séc. XIII continua atual, dado a resistência ao progresso da coisa portuguesa, mais se podendo hoje, alargadamente, dizer que existe noutros centros, como num idêntico trabalho, sobre os drones, no Paquistão, que cresceram abissalmente, desde que o agente da Ultradireita Americana, Obama começou a andar entretido com as fotos de Natal da fêmea, a dar brutos linguados no cão de água português.


Vamos agora à exegese profunda: sendo epidérmico o trabalho de Pedro Miguel Cruz, já seria, num país normal, por si só, explosivo. A coisa, todavia, não explode, pela mais elementar das razões: o dedo que poderia carregar na gatilho é justamente o alvo potencial de tal tiro, e o tema morre por aqui, se não for a Opinião Pública a tomá-lo em mãos: resume-se numa frase, o estar constituído um organigrama que mostra, interativamente, que nomes da Política infestam os meios empresariais e vice versa. Digamos que, enquanto silogismo, é um encadear de premissas que aguarda, do seu visitante uma conclusão, aqual, nunca tendo lugar, nada acrescenta a umas velhas palavras de Almada Negreiros, quando afirmava que todas as ideias que haveriam de salvar o Mundo já estavam enunciadas, só faltava era salvá-lo... Tinha toda a razão.

Mergulhando no sentido da derme, e desculpem lá o tique da metalinguagem do modelo, há duas variáveis internas de análise (político/empresa), associadas a duas equações diferenciais, cujo comportamento e soluções conduziu ao atual estado das coisas. Pouco nos é dito sobre o devir interno, e apenas temos um ponto de partida e um ponto de chegada, o que, volto a ressalvar, na perspetiva da moralização de um Estado -- se estivéssemos num Estado e não num quintal de interesses rasteiros -- já seria mais do que suficiente para chamar à pedra todos os nomes envolvidos naquele polvo asqueroso, e aplicar-lhes sanções, já que entre um país que chegou ao limite da sua sustentabilidade, e aquela permanente circulação de piolhos, alguma penalização teria de acontecer.

Na voz dos mais radicais, continua a circular uma certa palavra de ordem que é: bastava abater um que os outros imediatamente debandavam, embora a coisa não seja assim tão simples, e até tenhamos mecanismo de regularização legal, que, uma vez aplicados, os permitiria apanhar numa só rede, e de uma só vez. Infelizmente, continuamos a deixar que subam, que grimpem, e ocupem os mais altos cargos do Estado, a começar pela vergonha nacional, que está no Palácio de Belém, e vindo por aí abaixo, por todos os postos chave do remanescente do tecido económico, dos baluartes da banca, da cultura, e, sobretudo, acima de tudo, dos palcos de intoxicação da Opinião Pública. Apenas como exemplo, falaria da FLAD, um órgão gerido por criminosos culturais que permitiu, durante décadas, que a linguagem de criação nacional fosse tomada de assalto e gangrenada por indivíduos a soldo da mediocracia americana. Como sempre, até no servir falhámos, e a coisa cotrreu mal, com os derradeiros episódios, do agente da CIA, Rui Machete, que foi corrido de lá, e também a sua sucessora, Maria de Lurdes Rodrigues, pessoa que dispensa quaisquer comentários...

Ao nível da derme, dizia, não basta enunciar a teia de relações entre políticos e empresas, mas tornar-se-ia fundamental perspetivar os fundamentos de causalidade que foram motor de construção e manutenção dessa rede, e, aqui, chegaríamos aos fundamentos da "Coisa", o lugar topológico em que ela se alicerça, antes de lançar os tentáculos, ou seja, associar cada um daqueles nomes de políticos à sede de poder que foi o seu berço, caindo, naquilo que o formidável trabalho de Pedro Miguel Cruz não pode, não pôde, e não poderia abordar, posto que nenhum daqueles nomes está ali por acaso: são filhos do antro do crime em que a Maçonaria séria se tornou -- como recentemente António Arnaut avisou, usando palavras diretas do Rito: "o Mestre não pode mais ascender na escadaria" (porque os patamares superiores foram ocupados por criminosos), como o prova o atual Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, Fernando Lima, associado à coisa mais tenebrosa que já assombrou, depois do Casa Pia, a Democracia Portuguesa, o BPN, como atual condutor da "Galilei", a sociedade de mafiosos que substituiu a sigla SLN. De facto, retomando as palavras de António Arnaut, "não mais o Mestre poderia ascender na escadaria". Pudera...

O resto são titãs da concorrência, na sujidade e obscenidade: Opus Dei, Opus Gay, Opusdófila e toda a tessitura que percorre as diferentes mafias que ainda conseguem sustentar um simulacro de país, assente nos dinheiros turvos das mafias que nos utilizam os territórios, a do Futebol -- que até o Panteão quer agora colonizar... -- a da droga, a dos corpos, a da prostituição, a dos órgãos, a da pedofilia e aquela que ninguém ousa nomear, porque demasiado perigosa, a do plutónio. Num nível ainda mais profundo, está aquela camada geológica que agora constitui o neofascismo europeu, cujos adeptos e membros se encontram transversalmente em todo o espetro político, e vão tomar a Europa de assalto, nos próximos meses. Como dizia uma voz profética, no dia em que esta corja cair e tudo se galambizar, vocês vão então ver o que é a realidade...

Para que este texto não seja técnico e demasiado sério, uma coda de humor: o "Eco Sistema" de Pedro Miguel Ramos, um profundo trabalho de análise da decadência das relações num Estado em vias de se tornar pária, Portugal, deveria estabelecer imediatas parcerias com aqueles muito falados servidores de televisões por cabos, MEOs, ZONs, Vodafones e afins, para que as boxes já trouxessem integrado o organigrama: da cada vez que aparecesse um comentador, de tom e voz salvífica, apresentar mais uma "solução", incluindo velhinhas, funcionários públicos, cortes hospitalares, de segurança e de educação, para "salvar" o país que arruinou, a box tinha um piloto automático que a faria mudar automaticamente de canal. Confesso que seria difícil, e, às tantas, acabaria num daqueles que acabei, por exclusão de partes, por tanto visualizar, em Cabo Verde, a CNN... chinesa, imaginem.
As voltas que o Mundo dá.
Deve ser por isso que ele é mundo...



(Quarteto de pedido de despertar imediato da Opinião Pública Portuguesa, em homenagem a Pedro Miguel Cruz, no "Arrebenta-SOL", no "Democracia em Portugal", no "Klandestino" e em "The Braganza Mothers")


2 Responses so far.

  1. Afinal, o Arnaut era outro. País de merda

  2. Foi tiro e queda. Parecem as Profecias do Bandarra

 
 

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